Uma raça caracteriza-se por possuir e apresentar alguns traços comuns aos seus membros, que os distinguem de outros animais da mesma espécie. A preservação de uma espécie e, ao mesmo tempo, a continuidade da sua evolução, para atingir determinados objectivos necessita da intervenção humana. Animais com registo representam o nível máximo de pureza de raça. Todos os indivíduos do efectivo são registados, marcados, e cruzados de acordo com os padrões de raça estabelecidos por organizações oficiais. Cruzamentos selectivos de animais puros, registados ou não, são cruciais para a preservação das várias espécies, a sua informação genética, as suas qualidade especiais e morfologia. Esta criação selectiva também traz vantagens ao produtor porque assim pode escolher o tipo de animal que lhe dará mais jeito, que se adaptará melhor às suas condições  e também manter alguns borregos como animais reprodutores.

    Além de ovelhas puras também há cruzamentos, planeados ou não. Nos planeados, o criador faz uso do efeito de heterose, fenómeno oposto ao da endogamia e consiste na superioridade genética média dos filhos em relação à média dos pais proporcionando, assim, mais vigor e melhores resultados que caracterizam os borregos de pais de diferentes espécies. Os borregos híbridos são usualmente abatidos para carne e não para reprodução. Os cruzamentos não planeados acontecem por norma em rebanhos pequenos. Como consequência obtemos cruzamentos de animais também cruzados, e assim por diante, diluindo as características únicas de cada raça.